quinta-feira, 29 de julho de 2010

a primeira vez!



você sempre me disse que sua maior mágoa, era eu nunca ter escrito um texto sobre você. nem que fosse te xingando, te expondo. qualquer coisa. você sempre foi o único homem que me amou. e eu nunca te escrevi nem uma frase num papelzinho amassado. você sempre foi o único amigo que entendeu essa minha vontade de abraçar o mundo quando chega a madrugada. e o único que sempre entendeu também, o porque de eu dormir chorando, porque era impossível abraçar sequer alguém, o que dirá o mundo. outro dia eu encontrei um diário meu, de 99, e lá estava escrito “hoje eu larguei meu namorado sentado, e dancei com ele no baile de formatura”. ele, no caso, é você. dei risada e lembrei que em todos esses anos, mesmo eu nunca tendo escrito nenhum texto para você, por diversas vezes larguei vários namorados meus, sentados, e dancei com você. porque você é meu melhor companheiro de dança, mesmo sendo tímido e desajeitado. depois encontrei uma foto em que você está com um daqueles óculos escuros espelhados de maconheiro. e eu de calça colorida daquelas “bailarina”. e nessa época você não gostava de mim porque eu era a bobinha da classe. mas eu gostava de você porque você tinha pintas e eu achava isso super sexy. e eu me achei ridícula na foto, mas senti uma coisa linda por dentro do peito. aí lembrei que alguns anos depois, quando eu já não era mais a bobinha da classe e sim uma estagiária metida a esperta que só namorava figurões (uns babacas na verdade), você viu algum charme nisso e me roubou um beijo. fingindo que ia desmaiar. foi ridículo. mas foi menos ridículo do que aquela vez, ainda na faculdade, que eu invadi seu carro e te agarrei a força. você saiu cantando pneu e ficou quase dois anos sem falar comigo. eu não sei porque exatamente você não mereceu um texto meu, quando me deu meu primeiro cd do Vinícius de Morais. ou quando me deu aquele com historinhas de crianças para eu dormir feliz. ou mesmo quando, já de saco cheio de eu ficar com você e com mais metade da cidade, você me deu aquele cartão postal da Amazônia com um tigre enrabando uma onça. também não sei porque eu não escrevi um texto quando você apareceu naquela festa brega, me viu dançando no canto da mesa, e me disse a frase mais linda que eu já ouvi na minha vida “eu sei que você não gosta de mim, mas deixa eu te olhar mesmo assim”. talvez eu devesse ter escrito um texto para você, quando eu te pedi a única coisa que não se pede a alguém que ama a gente “me faz companhia enquanto meu namorado está viajando?”. e você fez. e você me olhava de canto de olho, se perguntando porque raios isso acontecia com você. talvez porque mesmo sabendo que eu não amava você, você continuava querendo apenas me olhar. e eu me nutria disso. me aproveitava. sugava seu amor para sobreviver um pouco em meio a falta de amor que eu recebia de todas as outras pessoas que diziam estar comigo. depois você começou a namorar uma menina e deixou, finalmente, de gostar de mim. e eu podia ter escrito um texto para você. claro que eu senti ciúmes e senti uma falta absurda de você. mas ainda assim, eu deixei passar em branco. nenhuma linha sequer sobre isso. depois eu também podia ter escrito sobre aquele dia que você me xingou até desopilar todos os cantos do seu fígado. eu fiquei numa tristeza sem fim. depois pensei que a gente só odeia quem a gente ama. e fiquei feliz. pode me xingar quanto você quiser desde que isso signifique que você ainda gosta um pouquinho de mim. minhas piadas, meu jeito de falar, até meu jeito de dançar ou de andar. tudo é você. minha personalidade é você. quando eu berro Strokes no carro ou quando eu faço uma amiga feliz com alguma ironia barata. tudo é você. wuando eu coloco um brinco pequeno ao invés de um grande. ou quando eu fico em casa feliz com as minhas coisinhas. tudo é você. eu sou mais você do que qualquer homem que passou pela minha vida. e eu sempre amei infinitamente mais a sua companhia do que qualquer companhia do mundo, mesmo eu nunca tendo demonstrado isso. e, ainda assim, nunca, nunquinha, eu escrevi sequer uma palavra sobre você. até hoje. até essa manhã. em que você, pela primeira vez, foi embora sem sentir nenhuma pena nisso. foi a primeira vez, em todos esse anos, que você simplesmente foi embora. como se eu fosse só mais uma coisa da sua vida, e que você é cheio dessas coisas. e que você usa para não sentir dor ou saudade. foi a primeira vez que você me deixou te olhar, mesmo você não gostando de mim. e foi por isso, porque você deixou de ser o menino que me amava e passou a ser só mais um que me usa, que você, assim como todos os outros, mereceu um texto meu.
Por: Tati Bernardi ♥

terça-feira, 27 de julho de 2010

o problema do amor..


o amor pode ser algo esplêndido não se pode negar as alegrias que trás, uma dúzia de rosas, anéis de diamantes sonhos a venda e contos de fadas faz você ouvir uma sinfonia e você simplesmente quer que o mundo veja. mas como uma droga que te deixa cego vai te enganar o tempo todo. o problema do amor é.. pode te destruir por dentro fazer seu coração acreditar em uma mentira é mais forte que o seu orgulho. o problema do amor é.. não importa quão rápido você caia e você não pode negar sua chamada, veja você não tem o que dizer. uma vez eu já fui tola, é verdade eu jogava o jogo por todas suas regras mas agora meu mundo é uma profunda depressão eu estou triste mas também sou sábia eu jurei que não iria me apaixonar de novo eu jurei meu coração que não iria consertar disse amor não valia a dor mas então eu o ouvi chamar meu nome. o problema do amor é.. pode te destruir por dentro fazer seu coração acreditar em uma mentira é mais forte que o seu orgulho. toda vez que eu olho pra trás eu acho que eu já vi tudo antes, meu coração continua chamando e eu continuo caindo outra vez e outra novamente. a historia triste sempre termina da mesma forma, eu parada na garoa, parece que não importa o que eu faça quebra meu coração em dois .. ♫’ :~

quarta-feira, 7 de julho de 2010

um dia .. acontece! :)



um dia você vai estar sozinho, vai fechar os olhos e tudo estará negro, os números de sua agenda passarão claramente na sua frente e você não terá nenhum para discar. sua boca vai tentar chamar alguem, mas não há alguem solidario o bastante para sair correndo e te dar um abraço, nem te colocar no colo ou acariciar seus cabelos até que o mundo pare de girar. nessa fração de segundos, quando teus pés se perderem do chão, você vai lembrar da minha ternura e do meu sorriso infantil. virão súbitas memórias gostosas dos meus abraços e beijos, da minha preocupação com você e só vão ter algumas músicas repetindo no seu rádio: as nossas. em um novo momento você vai sentir um aperto no peito, uma pausa na respiração e vai torcer bem forte para ter o nosso mundinho delicioso de novo. o nome disso é saudade, aquilo que eu tinha tanto e te falava sempre. e quando você finalmente discar meu número, ele estará ocupado demais, ou nem será mais o mesmo, ou até eu nem queira mais te atender. e se você bater na minha porta ela estará muito trancada e se aberta esta mostrara uma casa vazia. teus olhos te ensinaram o que são lagrimas, aquelas que eu te disse que ardiam tanto. o nome do enjôo que você vai sentir é arrependimento, e a falta de fome que virá chama-se tristeza. então quando os dias passarem e eu não te ligar , quando nada de bom te acontecer e ninguém te olhar com meus olhos encantados... você encontrará a famosa solidão. a partir daí o que acontecera chama-se surpresa e provavelmente o remédio para todas essas sensações acima é o tal do tempo em que você tanto falava. :x